quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Todo dia ela faz tudo sempre igual...

Se é que interessa a algum dos meus 0,6 leitores, explico minha ausência. Estou de férias no Ceará. Para muitos isso pareceria algo maravilhos, já para mim...
Explico: Eu tenho família no Ceará, minha mãe nasceu aqui. Então desde os meus 2 meses, venho para cá todo ano, com raríssimas excessões. Aqui é um lugar agradável, com pessoas agradáveis, mas o que torna meio chato vir para cá é a rotina. É incrível como a minha vida é mais rotineira a quilômetros de casa e nas férias. Sempre faço os mesmos programas quando venho para cá, programas que obviamente incluem o choque de culturas da minha criação carioca com os valores nordestinos. Todas as vezes rola um início de discussão por fatos como eu não pedir a benção pra a minha avó carioca, meu namorado poder dormir na minha casa, eu não usar salto para ir ao shopping, eu não usar salto ever, eu não gostar muito de ir ao shopping, eu andar levemente desleixada para o padrão pingando ouro daqui, eu achar caro pagar mais de 50 reais numa camisa... Enfim, deu para entender né?
É que família é algo complicado mesmo. Acho que é bom mesmo pela parte das discussões. Gosto bastante de vir para cá, mas com prazo de validade. Gostaria também de poder gastar as minhas férias de janeiro viajando para outro lugar diferente.
O fato é que a minha estadia nas terras de Falcão está me trazendo alguns benefícios: carangueijo quase todo dia, tempo de sobra para ler Crepúsculo, algumas roupas novas, a promessa de um ar condicionado no meu quarto e pay-per-view do BBB9. Ok, o BB9 tá um saco. Mas admito que assistir a velha sem noção enchendo o saco até de Deus é engraçado.
Domingo volto ao Rio para ficar mais um ano com saudades da minha rotina cearense.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como Leonardo DiCaprio pode destruir a sua reputação

É isso mesmo, meu passado me envergonha. Ele não me condena não, o que me condena é meu presente mesmo.
Meu passado é algo do tipo, porque eu fiz isso? Claro que todos pensam assim, e todos pensam que o seu é o mais queima-filme de todos. Essa minha retrospectiva começou quando achei por um escroto acaso, um livro que ganhei de um ex-namorado. Era uma biografia do Leonardo DiCaprio com uma dedicatória onde o ex me chamava de Mô, Neném e Princesa em apenas 4 linhas, oi?! Eu fico pensando como eu consegui já achar isso maneiro. Achar maneiro o Leonardo DiCaprio - breve pausa para explicar a minha obsessão pelo Romeu/Jack: Na época do lançamento do filme Romeu e Julieta, eu pensei ter encontrado a minha razão de viver e ele obviamente se chamava Leonardo DiCaprio. Eu comprava todas as revistas em que ele saia, todos os posters. Ok, até ai tudo "normal", mas eu colava todos eles na parede do meu quarto, na porta do meu armário e até no vidro da minha janela. Tipo dormia e acordava com mil Leos me olhando, oi? E ainda me achava a mais sortuda de todas as meninas fãs dele porque fazia aniversário no mesmo dia que ele! Há! Melhor que ganhar na mega-sena não? Fim da pausa para explicar minha obsessão juvenil - e os apelidinhos que meu namorado me chamava. Como, Dels?
O problema é que essa minha fase foi aos 12 anos? Até foi, mas com uns 16 eu ainda reprimia um leve desejo sobre a estrela de Titanic. Ok, eu ainda acho ele gatinho. O pior não era gostar de Leo DiCaprio, mas sim, como já comentei aqui anteriormente, era gostar desses apelidinhos.
Me dar um livro da biografia da super celebridade mundial-inter-galaxica já era estranho demais e brega demais. Me chamar de mô, escrito assim mesmo, m-o-acento-circunflexo-no-o ultrapassa todos os limites de algo aceitável. Cara eu sou uma pessoa estilo Fiona, meio ogra, ou quase totalmente ogra. Como já gostei disso?
Eu sei que eu nunca fui uma pegadora/piriguete nata. Mas eu tinha as minhas relações com garotos. Jáme interessei pelos mais diversos exemplares da extensa fauna masculina. Já me apaixonei por pessoas de dread, por cabeças raspadas meio bombadinhos, de cabelinho asa delta, de cabelo grande (oi?)... Mas por um que me chamava de mô foi demais. Ok que eu podia guardar isso para mim e não queimar meu filme, mas vamos lá, me sacaneio antes que alguem faça isso por mim. Bem melhor.


E se for para ter apelidinho que seja cachorrona, porque apelidinho fofinho e carinho meloso já tenho da minha mãe!



update para não causar confusão: a parte de me chamar de cachorrona foi uma ironia mal feita. NÃO quero ser chamada assim. Só não quero apelidinho meloso mesmo. Fernanda tá bom.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ano novo, coluna nova

Mais uma vez cá está minha persona para falar assuntos clichês e ainda por cime repetido, ainda por cima no post seguinte. Ok que é esse é meio que o objetivo do blog, falar de uma vida clichê e ordinária. Mas acho que passei dos limites.
Mas voltando ao assunto clichê do momento. O ano novo e nossos desejos para ele. Acho engraçado como a mudança de ano é capaz de transmitir uma sensação de ronovação para as pessoas. Se pararmos para pensar é uma madrugada como outra qualquer. Aliás não. Se formos pensar em termos de Copacabana (onde passei a maioria dos meus últimos reveillons) a noite NÃO é como uma outra qualquer. A praia fica tomada por nada menos que 2 milhões de pessoas dispostas a estourar o champgne, ou melhor a cidra, e acertar a cabeça de um desconhecido azarado com uma rolha assassina. Os fogos só são visíveis em 2 dos 134 minutos da sua duração, já que a fumaça toma conta da praia e impede que nada mais do que o barulho produzido pelos fogos chegue a nós, reles mortais sujos de areia. Ainda temos aquele velho ritual de gente bêbada ou gente superticiosa mesmo de pular as 7/10 ondas (não sei se existe um número verdadeiro para a crença). Para finalizar a noite com chave de ouro ainda temos aqueles shows que reunem um monte de homem com testosterona em demasia e relacionamento escasso com o sexo oposto, criaturas sempre dispostas a agarrar qualquer pessoa com mínimas características femininas, estilo Ronaldo Fofômero. Beleza de início de ano, né?
Mas, sabe o pior? Eu me divertia em Copa. Claro que provavelmente parte disso acontecia devido ao teor de álcool no meu sangue (sem champagne, porque sou pobre para isso e porque também não gosto de gás), mas me divertia.
Esse ano ia passar em Copacabana (mas ia ser na casa de um amigo numa festa, ir para a praia sem ter um porto seguro para depois dos fogos, never more!), mas devido a minha hérnia desisti e fui para um local paradisíaco no sul do estado. Os fogos duraram 5 minutos, tempo suficiente para dar uma dorzinha no pescoço, mas não para encher tudo de fumaça e encher também nossa paciência.
Nesse local bucólico tive tempo para repensar minhas atitudes e planejar um bom 2009. Mas o principal é que cheguei a conclusão de que tô realmente ficando velha, já que fiquei feliz em passar um reveillon sem badalação (olha a velhice até nas palavras), mas principalmente por ter tido como meu principal desejo/objetivo para o ano novo ficar boa da minha hérnia! Até o presente momento estou bem decidida a fazer a cirurgia.
Que a coluna vertebral de 2009 seja muito saudável!