terça-feira, 29 de setembro de 2009

É necessário, ora pois!

Não sei se todos os meus numeroros leitores sabem, mas ano que vem embarco rumo ao velho mundo para um intercâmbio em terras lusitanas (isso mesmo, minhas finanças só me permitem morar no primo pobre da Europa mesmo) e por lá fico por 8 meses. Aliás, seguindo a mais nova modinha da UFRJ e da ECO, acho que semestre que vem, pelo menos no meu período, vai ter mais gente do outro lado do oceano do que aqui em terras tupiniquins.
"Poxa, que legal, a Fernanda vai realizar um sonho e finalmente conhecer Azoropa!" Sim, que legal, vou para a Europa e me sentindo super européia metida. Mas antes de todas as maravilhas do primeiro mundo se abrirem para a minha humilde pessoa preciso tirar o meu visto e para isso preciso de uma penca de documentos, aquela burocacria agradável que envolve essas coisas. Bem a listinha é essa:
- Formulário pedido de visto preenchido (em caneta de cor preta)
- 01 foto 3x4
- Passaporte e cópia das folhas utilizadas autenticadas em cartório e legalizar no consulado somente as 3 primeiras páginas.
- Identidade original e cópia autenticada.
- Atestado médico declarando não ser portador de doença infecto-contagiosa (de médico do serviço público). Reconhecer a assinatura do médico em cartório e legalizar no consulado.
- Seguro Saúde (particular ou o do INSS - PB4)
- Comprovante de moradia
- Certificado de registro criminal do país de origem (retirado na Polícia Federal)
- Requerimento para consulta de Registro Criminal português pelo SEF (?!?!?)
- Cópia da passagem
- Comprovativo do meio de substência
- Documento emitido pelo estabelecimento de ensino.
A lista é longa, mas ai eu paro e penso, só vou no dia 25 de janeiro mesmo, tenho muito tempo. Doce ilusão, muitos dos documentos demoram um tempão para ficarem prontos e eu como boa enrolada que sou, não tenho nenhum desses documentos mais sérios. Basicamente tenho a passagem, passaporte, identidade, documento do estabelecimento de ensino que descobri que servirá também como comprovativo de residência.
Bem agora só falta eu provar que não sou criminosa, que sou saudável e que tenho dinheiro suficiente para me manter lá.
Ok, mas algumas coisas são meio estranhas né? Atestado médico comprovando que você não tem doença infecto-contagiosa. Quer dizer que se a pessoa é HIV positivo ele não pode morar nas terras dos nossos queridos colonizadores? Quer dizer que eu não vou poder ficar gripada quando for morar lá? Enfim...
Comprovar que tem como se manter lá é algo que considero um pouco invasão de privacidade, pois você tem que levar o extrato bancário de seus pais e seu próprio para provar ter dinheiro. Acho um pouco incômodo, mas já providenciei isso.
Mas é isso, depois desses pequenos detalhes, espero ter o visto em meu passaporte e embarcar rumo ao desconhecido!
Aliás, pretendo fazer um novo blog para enquanto tiver lá e com dicas para quem precisar. Leiam!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tudo passa, tudo passará

Mais de um mês sem postar é algo inaceitável mesmo num blog sem leitores, principalmente para mim, que prometi manter sempre atualizado este imprescindível, interessantíssimo e vitaminado blog. Mas enfim, essa minha lacuna sem post só evidencia uma coisa da minha personalidade fraca: eu não sei levar as coisas adiante e o blog está segunido o mesmo caminho de meus outros hobbies abandonados.
Eu já tentei fazer de tudo um pouco, o que só demonstrou a minha total falta de aptidão para qualquer atividade que envolva intelecto ou habilidades manuais.
Houve a época em que eu decidi que teria habilidades artísticas e comecei a fazer mosaicos. Comprei diversos objetos de madeira (desde caixinhas a quadrinhos), azulejos de várias cores, alicate, cola, massa, verniz... ou seja gastei uma grana, sorte minha que era a da minha mãe nessa época. Fiz incríveis DUAS peças inteiras de mosaico e a que realmente ficou bonita eu dei de presente. A minha idéia de começar a ganhar dinheiro vendendo "arte" e ir morar em Santa Teresa ia por água abaixo.
Antes disso eu decidi que seria criadora de animais, como não tinha espaço para abrir um canil, decidi partir para um bichinho que ocupasse menos espaço, mas que no entanto dá trabalho quase em dobro: hamsters. Comprei um lindo casal, com o aval da minha mãe (que ainda acreditava que eu conseguiria seguri adiante com um hobby): O Azevedo e a Sassá Gorda. Óbvio que eles fornicaram e tiveram vários filhotinhos carecas, com olhos maiores que o cérebro, feios que só vendo. Eles até ficavam bonitinhos depois de umas duas semanas, mas eles eram demais para uma gaiolinha humilde e ai decidi que daria todos eles, só consegui destino para 2. Obviamente no meu desleixo não separei os machos das fêmeas e Sassá Gorda teve filhotes de novo, só não sei se do marido ou dos filhos. Mais um bando de filhotes carecas e rosas e a minha vontade de virar criadora de hamsters acabou e eu doei todos para o meu primo, que nutriu uma paixão pelos roedores por mais algumas semanas.
Logo após decidi que a minha área era aquática e fiz um lindo aquário com os mais variados tipos de peixes: espada, japonês, guppy, neon, paulistinha, acará... ele era lindo. Esse hobby durou um tempo considerável, mas não é mérito meu, mas sim de minha mãe que se dava o trabalho de sempre limpar o aquário antes que o lodo o tomasse por completo.
O meu hobby "mais bem sucedido" foi fazer bolinhos, palha italiana e brigadeiro para vender no colégio. Eles eram realmente gostosos e vendiam bem, mas depois de um certo tempo eu passei a comer mais que vender e larguei o hobby para não cometer demais o pecado da gula.
Já fiz muitas outras coisas que também tiveram uma duração ainda mais efêmera, como fazer cordão de miçanga, tocar violão, flauta, piano, violino, violoncelo, oboé (tendo alguns desses nem saído da fase 'projeto de hobby').
Mas o meu mais recente abandono estava sendo o blog. O que pretendo mudar, já que devo conseguir levar alguma coisa adiante para me tornar uma adulta bem sucedida que compra revista Nova. Ou então simplesmente para tornar meu blog famoso, mas para isso acho que devia começar a contar a minha história como uma garota que fugiu de casa e virou prostituta, será que a fórmula ainda funciona?

terça-feira, 23 de junho de 2009

Larga este copo que ele não te pertence


Os evangélicos sempre avisaram, bebida é coisa do cão! Sem ela o mundo seria um lugar muito mais agradável e pacífico.
Mas não foram só os seguidores do Bispo Macedo que enxergaram isso antes de todos nós reles mortais. O prefeito universitário da UFRJ é também da vanguarda e já nos alertou sobre o perigo dessa coisa maligna que é o alcool.

"É tudo culpa de bebida em excesso"(MATTOS, Helio, 2009)

A bebida alcoólica foi proibida na Praia Vermelha, o prefeito alega que por causa dela, muitas confusões acontecem no campus. Aliás tudo de ruim que se acontece é culpa do danado do álcool.
O calouro da ECO que arrumou confusão no sambinha do DCE só o fez porque estava bêbado. A sua criação ou a sua personalidade de provável idiota nada têm haver com isso.
Ou você acha que o Hittler não bebeu um gorózinho antes de decidir por colocar em prática a Solução Final?
Ou então que Bush não apreciou uma dose de Whisky antes de declarar guerra ao Iraque? Afinal se não fosse o álcool em seu sangue, o seu discurso na verdade seria sobre a preservação das baleias jubarte.
Vocês querem a paz no mundo? Então vamos lutar para acabar com essa indústria maldita que é das bebidas alcoólicas!
Parem as máquinas já! Alcoól é produto de limpeza e não de consumo!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Como atualizar seu blog

Que atire a primeira pedra o blogueiro (acho essa palavra tão breguinha teenager) que nunca teve problemas para atualizar seu blog!
É por isso que eu resolvi criar mais um dos meus incrivelmente úteis manuais!
Então, vamos ao que interessa!
Seu blog está a semanas sem atualização e você não quer abandoná-lo, mas simplesmente não consegue pensar num assunto interessante ou polêmico o bastante para atrair a atenção de toda a sua meia-dúzia de leitores assíduos (que a essa altura lhe enviam toneladas de emails diários exigindo uma atualização), o que fazer?

- A primeira sugestão que dou seria sair a procura de alguma fofoca do momento e fazer o seu comentário sobre o assunto. Se o seu blog é pseudo-cult-intelectual faça um comentário criticando a atenção demasiada que estão dando a um assunto tão fútil. Se o seu blog é sobre futilidades mesmo, fale como tal fofoca influencia no mundo na sua vida. Já se seu blog é zé-graçola, fale um monte de bobagem sobre o assunto, se conseguir ser sarcástico é melhor ainda, mas o essencialé conseguir fazer alguma piadinha idiota sobre o assunto.
- Mas se nenhuma fofoca lhe parece interessante o suficiente para frequentar seu blog, pense numa notícia importante, mas se for um pseudo-cult-intelectual fale profundamente como a crise mundial chegou ao nível que chegou, ou como a gripe do porco é um vírus espalhado pela indústria farmacêutica sedenta por vender o remédio para a doença (nas acho que isso seria o caso de um blog teoria da conspiração). Já um blgo fútil vai falar como a crise mundial aumentou o preço das passagens para Nova York, diminuindo as idas até a Grande Maça a somente duas pór ano. Já se for um blog zé-graçola, faça uma piada sobre como os pobres porcos devem estar tendo dificuldade para açoar o nariz de tomada.
- Já se nada disso parecer funcionar, fale sobre um desejo seu de vida. Mas falar da própria vida interssa a alguém? Desconfio que não, mas o blog é seu mesmo, fale sobre o que quiser!
- Ou então faça um post interessantíssimo como esse!

Mais dicas somente no Manual do Blogueiro, vendas somente online. Encomendas pelo email manualdoblogueiro@editorasuperutil.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ócio incriativo

Segunda-feira é dia de...? Descanço! No caso dessa minha segunda-feira foi, tava de folga do meu estágio e portanto passei a tarde em casa. O que poderia significar uma tarde bem produtiva, tendo em vista que eu tenho textos atrasados, trabalhos para adiantar...
A verdade parece óbvia, eu não fiz nada disso na minha maravilhosa tarde livre em casa. O que eu fiz? Dormi e vi Senhora do Destino. Fora isso não fiz nada, isso nada mesmo. O que me leva a pensar, por que o ócio tem que ser criativo? Para mim, parece impossível um ócio criativo, se estamos criando, logo não estamos sendo ociosos.
Além do mais, por que essa pressão de criarmos até mesmo no nosso momento de ócio? Se é ócio é ócio, pronto.
O que eu acho que deve existir é algo como uma produção ociosa. Ok, pode parecer impossível também. Mas onde eu quero chegar é, devíamos trabalhar em locais agradáveis no qual parecesse que na verdade estamos aproveitando momentos tão agradáveis quando o momento da ociosidade. Assim eu realmente acho que produziríamos melhor e mais. Mas criatividade no ócio não!
Obviamente minha aspiração é um dia trabalhar na Google e chegar na minha mesa depois de usar uma cama elástica para cair num escorrega e depois numa piscina de bolas. Ok, momento delírio off.
Outra coisa que não parece combinar para mim é o clássico "você deveria ocupar o seu tempo livre". Oi? Se o tempo é livre, é livre, não é para ser ocupado. Ou no máximo é para ser ocupado com episódios de Lost ou Extreme Makeover House Edition e não com mais uma aula eletiva da ECO... Tempo livre é essencial para não se alienar em assuntos importantes como quem ganhou o American Idol (temporada que por acaso eu não assisti, já que todo o meu "tempo livre" está tomado).
Então, viva o tempo livre ocioso!!!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Acho que vou assinar Caras

Eu percebi que sou uma pessoa alienada da vida. Não pelo fato de eu não ler Niti nem Fucô, por exemplo. Mas uma alienação ainda maior, uma coisa meio paradoxal. Sou alienada justamente porque não tenho me alienado. Explico, ou tento explicar: Eu notei que recentemente em papos de bar ou de corredor da ECO eu tenho sabido muito pouco sobre o que se comenta em lugares como esse, é gente, eu não tenho conversas pseudos no corredor de um dos locais mais pseudos do Rio de Janeiro. Ok, o fato é que eu tenho ficado tão boiando nesses assuntos inúteis de corredor como na aula do Márcio Amaral sobre Heidegger e isso não faz bem para o ego de ninguém. Não saber comentar o texto de Fucô é compreensível, já não saber que a Perla deu um pé na bunda do Leo Moura me parece coisa de uma pessoa sem vida social e amigos, algo um pouco vergonhoso.
Mas eu tenho tentado correr atrás do tempo perdido. Nos últimos dias descobri o fenômeno Susan Boyle, quem foram os finalistas do BBB9 e quais das mulheres estão saindo na VIP ou Playboy. Descobri também o incrível talento de Stephany e seu crossfox (sério, se alguém é como eu, procure esse vídeo no youtube, vocês irão se apaixonar pela nova versão de Thousand Miles). Até mesmo o motivo da iminência do fim da cerveja mo campus da Praia Vermelha só fui descobrir ontem, e olha que a confusão aconteceu com gente da minha faculdade (ok, forcei uma barra, calouro do primeiro periodo que faz a merda de brigar na faculdade não é gente) - os meus amigos fofoqueiros não são mais os mesmos.
Mas nem tudo está perdido, pelo menos sobre a gripe suína fiquei sabendo a tempo e consegui comprar a minha máscara antes que todas acabassem na farmácia.

domingo, 29 de março de 2009

Me dá que a filha é minha.


É o exame de DNA provou aquilo que todo mundo já sabia. Alfie não é pai aos 8, digo 13 anos. Mas quem acreditou que esse garoto de 1,5m de altura poderia ser o pai da criança? Aliás, criança não sei, esse bebe mais parece uma daquelas bonecas reborns bizarras para gente louca, desocupada e com diposição para gastar uma grana com uma cópia de um bebe e fingir que ele é real. Aliás deve ser isso que Alfie pensa, que ganhou uma boneca, de repente ele cansou de jogar vídeo game e de brincar de Comandos em Ação. Ok, voltando ao assunto. Quem realmente acreditou que esse menino que mal deve ter pelos pubianos seria realmente o pai dessa menina? Na boa, creio que ele nem saiba realmente o que é sexo. Ele nem deve ser capaz de produzir espermatozóides, acho que existe isso né? Só a partir de uma certa idade os espermatozóides são maduros o suficiente para fecundar um óvulo, não sei se essa informação procede, mas vou fingir que sim (cagar uma regra é sempre bom). Agora vamos a outro ponto: a menina que jurava ter tido somente uma relação sexual na vida e com Alfie. Com o resultado do DNA temos duas possibilidades: ou Chantelle (a mamãe de 25, digo 15 anos) ficou grávida do Divino Espírito Santo, ou ela quis dar o golpe da barriga num menininho inocente. Fico com a segunda opção e com o agravante que a menina iludiu o pobre Alfie a ter sua primeira noite de saliências com ela fingindo ser virgem.

Só que o mais absurdo dessa história é o fato de que vários outros rapazotes alegaram terem dormido com ela. Não sei o que pode ser pior: abrir o bico e perigar virar pai bem jovem ou ter dormido com essa menina e ainda por cima explanar para quem quiser ouvir. Tem certas coisas que a gente faz sem testemunhas para que ninguém fique sabendo mesmo!

Agora eu fico é com pena do Alfie, que queria brincar de boneca e agora não vai poder mais.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Confissões de uma deserniada entediada

Uma nova pessoa posta nesse humilde blog, uma Fernanda deserniada posta, ainda com os pontos e usando uma confortável cinta abdominal.
E digo que se eu soubesse, teria feito essa cirurgia muito antes. Sem contar a parte boa de operar: a exploração consentida. Explico, por causa da cirurgia as pessoas tem em geral feito tudo para mim. Posso pedir tudo que ninguém reclama (pelo menos na minha frente) de me trazer um potinho com sorvete e paçoca já esfarelada no meu quarto. Sem contar que esses dias eu tava com uma vontade enoooooooooorme de comer um sushi, pronto, nem precisei pedir muito, minha mãe chegou em casa com um potinho com comida japonesa fresquinha e deliciosa. Sem contar que com meu namorado nem preciso pedir, nem sei quantos magnuns com chocolate belga eu já comi. Até meu cachorro tem se mostrado mais obediente, é só eu começar a falar sha... que o bicho já tá do meu lado. Tudo bem, sei que isso tudo é carência dele mesmo.
Outro ponto positivo foi meu ócio quase nada criativo. Mais uma vez explico, quase nada principalmente pelo fato dos remédios que eu tomava nos primeiros dias. Me deixavam meio doidona e com um sono insaciável, ai não conseguia nem assistir 5 minutos de Senhora do Destino que dormia, não podia ler uma página do meu livro que dormia... Mas agora parei com esse remedinho maravilhoso e consigo ler livros e assistir CSI e House antigos sem o menor problema de me manter acordada.
Outra coisa que posso destacar numa cirurgia é o efeito da anestesia geral. Primeiro: por causa da anestesia a nossa cirurgia dura apenas 10 segundos, juro, não dá para sentir o tempo passar. Claro né? E a sensação depois é algo a se destacar. Uma sensação de estar fora do ar boa, tudo acontece de maneira mais interessante.
Ok, mas mesmo com tudo isso eu estou mais entediada que nunca e aguardando ansiosamente para poder voltar a aula amanhã, oi?! Logo eu que nunca quis que as aulas acabassem quero voltar a aula. Isso tudo porque meus pontos altos do pós operatório foram sair de casa por 3 vezes, uma para ir no hospital trocar o curativo, outra para ir no consultório do médico trocar o curativo e outra ir numa loja compra a minha linda cinta. Ir para a aula de repente me pareceu tão interessante, sem contarn que vou ter mamãe de motorista.
E claro, essa cirurgia, por mais tranquila que tenha sido a recuperação, me fez desistir do silicone nos seios, recuperação de cirugia é algo nada empolgante, diferente do que pode parecer. A verdade é que eu nunca quis silicone, queria que Deus tivesse me dado mais peito mesmo e um pouco menos de bunda. Mas ai eu penso que tenho a "paixão nacional" e me conformo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Quem gosta de carnaval bota o dedo aqui

É, como muitos gostam de dizer: o ano finalmente começou, ou começou aquela época chata entre o carnaval e o ano novo. Mas tem muita gente também que está feliz com o fim da época mais festiva dos brasileiros. Muita gente acha insuportável samba, confete e serpentina.
Mas incrivelmente esse não é o meu caso, logo eu que tenho 90% dos meus post tagados com coisas que me irritam. Logo eu que acho quase tudo chato, logo que eu nasci com uma paciência tão grande quanto um fitoplancton com nanismo.
É que tenho visto uma onda de muita gente falar mal do carnaval, então venho em defesa de uma época que me agrada.
Sei sim que o carnaval tem vários incovenientes como as pessoas que acham que podem mijar na rua e deixar toda a cidade fedendo a urina de bêbado. Tem os transtornos no trânsito (demorei na quinta feita, antes do carnaval, mais de 2 horas para chegar na minha casa. Trajeto que em geral faço em uns 45/50 minutos, tudo isso por causa das pessoas que tavam indo para a região dos lagos antecipadamente) e outras cositas mais que não vem ao caso num post em defesa do carnaval.
Mas o carnaval me proporciona várias coisas bem divertidas. Eu gosto de samba, mas sou ruim da cabeça e doente da coluna, portanto, sim, eu sou uma carioca que não sei sambar! Óh!!!!! Mas mesmo assim eu gosto do bendito do som de uma bateria num bloco. Me divirto, fingindo que sei sambar, pulando e claro, me divirto com as fantasias criativas que as pessoas conseguem criar, um dia ainda crio uma mais legal do que a minha de rumbeira quando eu tinha 4 anos. Esse ano, devido a minha hérnia, sai fantasiada de mulher-invisível em todos os blocos que gosto, aceito sugestões para a minha do ano que vem. Voltando ao carnaval em si, já joguei confete nos outros e adoro me gabar porque sei jogar serpentino pro alto e bem longe, mas ODEIO (ok, mais um inconveniente do carnaval) aquelas malditas espuminhas em spray. O-DE-I-O. Mas enfim, deixando as agruras de lado e voltando aos benefícios do carnaval. Acho válido que as pessoas se liberem mais em alguma época do ano. Não que eu concorde com a promiscuidade que rola no carnaval, eu acho que se é para ser promiscuo que seja o ano inteiro e não só no carnaval, afinal um pouco de promiscuidade não faz mal a ninguém.
É ai que vem o argumento que considero de maior relevância em defesa do carnaval carioca de samba: O carnaval da Bahia. Acho que quem considera o carnaval do Rio algo chato é porque não parou para pensar no que é o carnaval num trio elétrico.
Momento "realiza". Realizem uma pessoa, gastando as economias do ano todo numa blusa colorida com um tecido escroto para entrar numa cordinha, para ouvir músicas igualmente escrotas, na companhia de pessoas que, na minha humilde opinião, não precisam de adjetivos, para tentar tirar o atraso do ano inteiro em matéria de contato com o sexo oposto. Para mim é a materialização do inferno. Muito pior do que passar a eternidade num local quente com diabinhos te espetando é passar algumas horas nesse ambiente. Não quero soar uma puritana ou uma evangélica, mas não consigo achar maneiro ir para um lugar e beijar 70 caras na boca (uns 30 pelo menoscom herpes, ou sapinho ou algum cobreiro de boca da vida). Assim, qual é a diversão nisso? Se bem que levando em consideração os espécimes desse habitat maravilhoso, eu prefiro não tentar entender como se divertem. Só sei que eu pagaria todos os meus pecados de vidas passadas num micareta dessa. Acho que mesmo se eu tivesse chutado o saco de Jesus na cruz, eu seria perdoada depois de uma noite na micareta. Seria sofrimento o suficiente.
É ai que agora falo: O carnaval carioca é bom sim. Dentre todas as características que cismam em dar para o carioca, a espontaneidade e zé-graçolice são umas que sem dúvida gosto de ter e encontrar bastante no carnaval. Além é claro do fato de não ter ir arrumada para qualquer lugar, no Ceará, por exemplo, até para ir no salão de beleza as pessoas vão maquiadas. Não devem sair de lá bonitas? Acho que era essa a idéias, mas enfim, isso é papo para um outro post.
Aproveito para avisar aos meus queridos leitores que devo sumir por uns tempos. Já que finalmente vou me livrar da minha hérnia, será nesta terça-feira. Tô calminha que só vendo, meu povo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Botafogo no coração (oi?)

Voltando a minha série "coisas que me irritam" venho com uma que me causa irritação a anos, e acho que causa também a todos os moradores de Botafogo: calçada lenta.
Aliás, se tem uma coisa que me irrita em Botafogo, é Botafogo. É o bairro que o nome já explica né? Um bairro de sofredor/chorão, apesar de eu não ser oficialmente uma. (piadinha para quem gosta de futebol). Esse incrível bairro zona norte da zona sul, tem crescido a passos de elefante jovem excitado, em todo canto tem um novo prédio bonitinho sendo construído, até engana que aqui é zona sul, área nobre da cidade. Isso só me faz pensar no esgoto vai vazar cada vez mais. Cada chuvisco em Botafogo faz vazar um esgoto na esquina da minha rua. Athóron. Sem contar no trânsito maravilhoso desse bairro, como se já não bastassem os buracos, mais carros vão transitar pelas ruas super bem planejadas de Botafogo. Diliça.
Mas enfim, nada me preocupa mais do que o trânsito de pedestres pelas calçadas, também muito bem planejadas, de Botafogo. Andar pelas calçadas extremamente estreitas desse agradável bairro é algo capaz de me tirar do sério (como se fosse difícil - nota mental/virtual: me tornar uma pessoa mais paciente, pelo menos antes de morrer). As pessoas andam numa velocidade de tartaruga manca velha com AIDS e sempre em dupla? Por que, Dels? Por quê? Se você vai andar devagar, ou acompanhada de uma pessoa que anda devagar, andem em fila! O que já dificulta a vida, pois para continuarmos a andar no nosso ritmo habitual, precisamos nos arriscar em perigosas ultrapassagens, ou pelo lado de onde vem os outros pedestres ou pela rua mesmo, perigando ser atropelado por um ciclista um um motorista de ônibus dirigindo seguramente pela esquerda. Sem contar que quando vou andar com meu cachorro pela rua, tenho que praticamente carregar ele no colo para que as pessoas não me olhem com uma cara de me-do do meu super cachorro bravo. Eu até entendo que um pastor assuste, mas não tanto assim, ele nem sequer olha para as pessoas na rua. E não vou nem comentar cocô na calçada, porque já divaguei sobre isso no meu incrivelmente instrutivo blog. Outro grande problema são as pessoas paradas esperando para atravessar o sinal, com a calçada de 1 metro, elas ocupam metade do espaço reservado a quem está caminhando (não é atoa que in english é sideWALK). Ai o espacinho que sobra para a gente passar tem que ser dividido por quem vem e vai, obviamente sem a ajuda de um guardinha municipal para controlar quantos vão e quantos voltam de cada vez. Ai passam todos juntos, empurrando os que esperam no sinal para o meio da rua e com cara de "tô com mais pressa que você".
Ok, vocês podem pensar que não precisa de muito alarde para isso, mas vai morar em Botafogo para ver o que é bom: calçadas muito povoadas de 1 metro de largura. Torna qualquer voltinha no quarteirão algo capaz de deixar qualquer bem humorado matinal de mau humor. Ok, os bem humarados matinais não, eles são criaturas diabólicas que tem humor em qualquer situação. Se bem que acho que Malu Magalhães conseguiria tirar essas pessoas do sério.
Vou resolver meu problema, vou me mudar para o Humaitá.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bono, livros e Lost

Eu sou viciada em muitas coisas. Mas antes que pensem que saio com meu nariz sujo de talco por ai ou que meu fígado é uma pasta, eu explico as minhas leves obsessões.
Eu não digo que sou uma pessoa 8 ou 80, porque acho isso muito papo de quem quer se falar que tem personalidade forte. Eu sou uma pessoa em cima do muro mesmo. Mas quando se trata de coisas que eu gosto, eu não sou 80 não, sou uns 8000. Enfim, vamos aos meus interessantíssimos vícios.
Eu sou viciada em em séries de TV, mas assim sou viciada em me viciar. Tenho que ter uma para acompanhar assiduamente e esperar a semana seguinte para assistir logo ao novo episódio. ER por exempo, sou viciada desde que passava na Globo com o nome de Plantão Médico (e tô arrasada porque termina esse ano, aliás já chorei tanto vendo ER, nem vou comentar o epispódio que o Dr Mark Greene morre porque foi uma das coisas mais ridículas da vida eu chorando de soluçar até mesmo na reprise). Me viciei em Lost quando passava na Globo e neste exato momento escrevo esse post aguardando que termine o download do episódio 4. E agora estou decidida a assistir Prison Break quando estrear na Globo, ai se eu me viciar fud** vou ter que tirar o atraso e assistir todas as temporadas que vão faltar para eu me igualar aos inéditos. Se bem que assistir série boa com atraso tem a vantagem de não ter que esperar uma semana por um novo episódio. O fato é que gosto de ter uma série para acompanhar, e em geral a Globo tem em viciado nelas.
Outro vício que eu tenho é de ler best sellers. Não sei o que acontece, sou atraída pela maioria deles: Harry Potter, Caçador de Pipas, Marley e Eu e mais recentemente Crepúsculo (pronto, tai o meu atraso benéfico, vou poder terminar de ler o primeiro sabendo que já tenho as duas continuações diponíveis. Quando lia Harry Potter esperava ansiosamente pelo novo). Sempre que vou numa livraria me vejo entretida desejando algum best seller. Preciso ler coisas mais interessantes e pseudos para me tornar uma verdadeira ecoína.
Last but not least. Not least mesmo, meu maior vício: Bono de chocolate. Eu como esse biscoito desde que me entendo por gente e ele se chamava biscoito de chocolate São Luiz. Passou a ser Biscoito de chocolate São Luiz Nestlé, só Nestlé e por fim virou o supra-sumo da delícia recheada Bono. Desconfio que a Nestlé não seria tão rica se não fosse eu comendo Bono por toda a minha vida, eu já devo ter passado da casa do milhão de biscoitos consumidos.


Tenho muitos outros vícios é claro, mas a maioria não vem ao caso. São queima filme demais, ou alguém acha normal gostar de brigadeiro duro com um pouco de sal?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Todo dia ela faz tudo sempre igual...

Se é que interessa a algum dos meus 0,6 leitores, explico minha ausência. Estou de férias no Ceará. Para muitos isso pareceria algo maravilhos, já para mim...
Explico: Eu tenho família no Ceará, minha mãe nasceu aqui. Então desde os meus 2 meses, venho para cá todo ano, com raríssimas excessões. Aqui é um lugar agradável, com pessoas agradáveis, mas o que torna meio chato vir para cá é a rotina. É incrível como a minha vida é mais rotineira a quilômetros de casa e nas férias. Sempre faço os mesmos programas quando venho para cá, programas que obviamente incluem o choque de culturas da minha criação carioca com os valores nordestinos. Todas as vezes rola um início de discussão por fatos como eu não pedir a benção pra a minha avó carioca, meu namorado poder dormir na minha casa, eu não usar salto para ir ao shopping, eu não usar salto ever, eu não gostar muito de ir ao shopping, eu andar levemente desleixada para o padrão pingando ouro daqui, eu achar caro pagar mais de 50 reais numa camisa... Enfim, deu para entender né?
É que família é algo complicado mesmo. Acho que é bom mesmo pela parte das discussões. Gosto bastante de vir para cá, mas com prazo de validade. Gostaria também de poder gastar as minhas férias de janeiro viajando para outro lugar diferente.
O fato é que a minha estadia nas terras de Falcão está me trazendo alguns benefícios: carangueijo quase todo dia, tempo de sobra para ler Crepúsculo, algumas roupas novas, a promessa de um ar condicionado no meu quarto e pay-per-view do BBB9. Ok, o BB9 tá um saco. Mas admito que assistir a velha sem noção enchendo o saco até de Deus é engraçado.
Domingo volto ao Rio para ficar mais um ano com saudades da minha rotina cearense.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como Leonardo DiCaprio pode destruir a sua reputação

É isso mesmo, meu passado me envergonha. Ele não me condena não, o que me condena é meu presente mesmo.
Meu passado é algo do tipo, porque eu fiz isso? Claro que todos pensam assim, e todos pensam que o seu é o mais queima-filme de todos. Essa minha retrospectiva começou quando achei por um escroto acaso, um livro que ganhei de um ex-namorado. Era uma biografia do Leonardo DiCaprio com uma dedicatória onde o ex me chamava de Mô, Neném e Princesa em apenas 4 linhas, oi?! Eu fico pensando como eu consegui já achar isso maneiro. Achar maneiro o Leonardo DiCaprio - breve pausa para explicar a minha obsessão pelo Romeu/Jack: Na época do lançamento do filme Romeu e Julieta, eu pensei ter encontrado a minha razão de viver e ele obviamente se chamava Leonardo DiCaprio. Eu comprava todas as revistas em que ele saia, todos os posters. Ok, até ai tudo "normal", mas eu colava todos eles na parede do meu quarto, na porta do meu armário e até no vidro da minha janela. Tipo dormia e acordava com mil Leos me olhando, oi? E ainda me achava a mais sortuda de todas as meninas fãs dele porque fazia aniversário no mesmo dia que ele! Há! Melhor que ganhar na mega-sena não? Fim da pausa para explicar minha obsessão juvenil - e os apelidinhos que meu namorado me chamava. Como, Dels?
O problema é que essa minha fase foi aos 12 anos? Até foi, mas com uns 16 eu ainda reprimia um leve desejo sobre a estrela de Titanic. Ok, eu ainda acho ele gatinho. O pior não era gostar de Leo DiCaprio, mas sim, como já comentei aqui anteriormente, era gostar desses apelidinhos.
Me dar um livro da biografia da super celebridade mundial-inter-galaxica já era estranho demais e brega demais. Me chamar de mô, escrito assim mesmo, m-o-acento-circunflexo-no-o ultrapassa todos os limites de algo aceitável. Cara eu sou uma pessoa estilo Fiona, meio ogra, ou quase totalmente ogra. Como já gostei disso?
Eu sei que eu nunca fui uma pegadora/piriguete nata. Mas eu tinha as minhas relações com garotos. Jáme interessei pelos mais diversos exemplares da extensa fauna masculina. Já me apaixonei por pessoas de dread, por cabeças raspadas meio bombadinhos, de cabelinho asa delta, de cabelo grande (oi?)... Mas por um que me chamava de mô foi demais. Ok que eu podia guardar isso para mim e não queimar meu filme, mas vamos lá, me sacaneio antes que alguem faça isso por mim. Bem melhor.


E se for para ter apelidinho que seja cachorrona, porque apelidinho fofinho e carinho meloso já tenho da minha mãe!



update para não causar confusão: a parte de me chamar de cachorrona foi uma ironia mal feita. NÃO quero ser chamada assim. Só não quero apelidinho meloso mesmo. Fernanda tá bom.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ano novo, coluna nova

Mais uma vez cá está minha persona para falar assuntos clichês e ainda por cime repetido, ainda por cima no post seguinte. Ok que é esse é meio que o objetivo do blog, falar de uma vida clichê e ordinária. Mas acho que passei dos limites.
Mas voltando ao assunto clichê do momento. O ano novo e nossos desejos para ele. Acho engraçado como a mudança de ano é capaz de transmitir uma sensação de ronovação para as pessoas. Se pararmos para pensar é uma madrugada como outra qualquer. Aliás não. Se formos pensar em termos de Copacabana (onde passei a maioria dos meus últimos reveillons) a noite NÃO é como uma outra qualquer. A praia fica tomada por nada menos que 2 milhões de pessoas dispostas a estourar o champgne, ou melhor a cidra, e acertar a cabeça de um desconhecido azarado com uma rolha assassina. Os fogos só são visíveis em 2 dos 134 minutos da sua duração, já que a fumaça toma conta da praia e impede que nada mais do que o barulho produzido pelos fogos chegue a nós, reles mortais sujos de areia. Ainda temos aquele velho ritual de gente bêbada ou gente superticiosa mesmo de pular as 7/10 ondas (não sei se existe um número verdadeiro para a crença). Para finalizar a noite com chave de ouro ainda temos aqueles shows que reunem um monte de homem com testosterona em demasia e relacionamento escasso com o sexo oposto, criaturas sempre dispostas a agarrar qualquer pessoa com mínimas características femininas, estilo Ronaldo Fofômero. Beleza de início de ano, né?
Mas, sabe o pior? Eu me divertia em Copa. Claro que provavelmente parte disso acontecia devido ao teor de álcool no meu sangue (sem champagne, porque sou pobre para isso e porque também não gosto de gás), mas me divertia.
Esse ano ia passar em Copacabana (mas ia ser na casa de um amigo numa festa, ir para a praia sem ter um porto seguro para depois dos fogos, never more!), mas devido a minha hérnia desisti e fui para um local paradisíaco no sul do estado. Os fogos duraram 5 minutos, tempo suficiente para dar uma dorzinha no pescoço, mas não para encher tudo de fumaça e encher também nossa paciência.
Nesse local bucólico tive tempo para repensar minhas atitudes e planejar um bom 2009. Mas o principal é que cheguei a conclusão de que tô realmente ficando velha, já que fiquei feliz em passar um reveillon sem badalação (olha a velhice até nas palavras), mas principalmente por ter tido como meu principal desejo/objetivo para o ano novo ficar boa da minha hérnia! Até o presente momento estou bem decidida a fazer a cirurgia.
Que a coluna vertebral de 2009 seja muito saudável!