terça-feira, 26 de agosto de 2008

Frigidez, apelidinhos e SandyJúnior

Se tem uma coisa que me irrita é gente brega. Não digo aquele pessoal que é fã do Reginaldo, mas sim gente brega brega mesmo.
Tava hoje comentando no ônibus com uma menina do estágio, como odeio apelidinhos nhémnhémnhém que namorados costumam de se dar. Com ênfase máximo para o disparadamente preferido de todos: "mô". Nossa como é horrível, sério, tipo extremamente broxante. COMO PODE UM SER EM SÃ CONSCIÊNCIA GOSTAR DE SER CHAMADO DE MÔ?????? Só de pensar já me vem a mente a vozinha miando do meu ex namorado, no melhor estilo Paris Hilton reclamando de acordar cedo no The Simple Life, me chamando de môôôôôôô, assim mesmo bem arrastado. Muitos me podem falar que só odeio isso porque é coisa de ex namorado... talvez seja mesmo. Mas acho que mesmo na época eu já odiava isso (sim, eu já fui uma brega que chamei namorado de mô, dentre outras coisas que serão citadas mais adiante), acho que aceitava porque gostava muito dele e porque, no fundo, eu sabia que ele não gostava de mim e aceitando o apelidinho lindo eu pensava que ele pudesse estar demonstrando algum apego a minha pessoa. [momento discutindo relações mais que enterradas off].
Fico imaginando que esse tipo de gente que chama o namorado de mô é o mesmo que tem um fotolog, ou ainda melhor, um flogão, com fotos narcisistas de si próprios com reflexo no espelho deles mesmos com posts MiGUXxXXxoXX com um final monumental (que eu já usei diga-se de passagem) "bjkinhas só pros q comentarem!!!!".
São também essas pessoas que fazem do seu orkut sua vida. Que tem depoimentos dos namorados quilométricos que em geral envolvem: "O que falar do amor da minha vida?", "Palavras não são suficientes para dizer o quanto te amo!" (então não diz!!!) ou então um clássico "TE AMO + Q TD!!!!".
No about, com mais de umas 20 linhas geralmente, sempre com frases prontas de efeito tipo: "Sem saber que era impossível, ele foi lá e fez", uso essa com conhecimento de causa, já achei que essa era a frase que guiaria a minha vida... agora se tivesse uma frase, ela provavelmente envolveria dinheiro, golpe do baú, milionária, esperteza, viver de renda... coisas do tipo.
Podem até achar que eu sou um ser sem coração, ou no mínimo coração gelado. Mentira, eu sou uma brega assumida, mas daquele estilo Reginaldo Rossi, gosto de Skank e já fiquei na fossa ouvindo um cd de Sandy e Júnior, que era cd mesmo comprado na loja e tudo, sei algumas músicas de cor até hoje. Sou carinhosa, adoro demonstrar meu afeto. Mas tudo na hora certa, com as palavras certas e com os apelidos certos. Sim, eu tenho apelidos com meu namorado, mas eles são só de brincadeira. Afinal a mãe dele escolheu um nome pro filho dela e acredito que ela gostaria, portanto, que ele fosse chamado assim. E ele nem se chama Revilclésio para que ter que criar um apelido, já que tem um nome impronunciável, e mesmo nesse caso não seria mô, quem sabe Révi?
Bjkinhas? Só pros que comentarem!!!!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Como (não) fazer uma dieta by Fernanda

Depois de uma festa no fim de semana com a família do meu namorado, na qual a principal temática era como o queijo cheddar é um reboco de artéria, decidi que finalmente, pela primeira vez nos meus 22 anos, entraria numa dieta. Afinal, acho super chique negar comida, ainda mais com a seguinte desculpa: "Não, obrigada, estou de dieta.". Em geral eu minto dizendo que não tô com fome quando me oferecem algo que eu não gosto. Fora isso, não faz parte da minha educação negar algo que me oferecem, ainda mais comida. Além disso, quero emagracer e como não posso fazer exercícios, que é algo que particularmente adoro, devido a minha querida e maravilhosa hérnia de disco, decidi que dieta seria a única forma de perder a minha querida pochete.
Então estava começada a minha dieta. Primeira negação de comida foi para mim mesma. Me ofereci um pouco de farinha láctea com banana, mas fiquei só com a banana, fruta pode né? No almoço estava decidida a comer salada, comi... mas acompanhada de filé de frango, bem light não é? Com arroz, feijão, batatas calabresas deliciosas e farofa. Pensa só, pelo menos não comi fritura. No lanche fui realmente light, uma maça com um copo de ades. Já eram quase 12 horas de dieta. Ia bater meu recorde.
Mas não, eu sou uma fraca acometida pelo pecado capital da gula e no jantar não me controlei. Comi arroz (de novo), strogonoff com muito batata palha e torrada com um delicioso treco (acho que o nome é antepasto, mas eu não sou chique assim) de beringela feito pela minha mãe. Para finalizar de maneira avassaladora uma sobremesa de paçoca com nutela, estupidamente, exageradamente, excessivamente calorico: Delícia!!
Saldo do dia: Em quase 12 horas de dieta, quase perdi um dia inteiro. Fiquei mais estressada por ter comido mal e percebi que sou realmente uma fraca, gulosa e pecadora.
Conclusão:
Sou incapaz de fazer uma dieta.
Só vou emagrecer quando voltar a praticar exercícios (melhor queimar calorias que deixar de ingeri-las)
E ainda não bati meu recorde de tempo de dieta, que foi de 14 horas para realizar um exame.
Comer é realmente muito bom.
Gula e Luxuria dividem o posto de pecado capital que eu mais pratico.
Só continuo negando comida que não gosto, portanto se não quiser que eu aceite, não me ofereça.
E a minha pochete? Ela nem incomoda tanto assim...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Vai sentir Adorno no c* pra ver o que é bom.



Se tem uma coisa que me irrita é criança prodígio. Talvez seja por puro recalque e falta de talento da minha pessoa. Que nunca me destaquei em nada na minha infância, tenho inaptidão para os esportes (era sempre uma das últimas escolhidas na aula de educação física), música, artes (meus desenhos de elefantes de costa enjoavam até mesmo a minha mãe)... Eu tinha sim meus talentos, como beber água com a cabeça virada para baixo, arrotar no momento que eu quisesse, imitar o nariz do Michaell Jackson, porém nada disso para ser capaz de me proporcionar um ouro olímpico ou o emmy da música latina. Mas, invejas a parte, criança prodígio é mesmo uma coisa muito chata.
Eu gosto de criança. Mas se ela for mal educada, pirracenta, birrenta e bla bla bla, eu não tenho um pingo, um suspiro sequer de paciência. Tenho vontade de mandar logo um "vai tomá no...". Também criança que quer se comportar como adulto e participar das conversas fingindo que sabe discutir certos assuntos só seria engraçado se não fosse irritante.
Mas voltando às crianças prodígio, elas são monstrinhos dotados de algum talento excepcional que faz os adultos desejarem terem filhos como eles. Como o mulequinho do Faustão que sabia escrever um monte de treco com sei lá, 3 meses de idade, ou então a Dakota Fanning que só faz gritar em Guerra dos Mundos (mas vejo uma qualidade nisso, não terminei de ver o filme péssimo por causa das gritarias dela, mudei de canal), ou então um mulequinho irritante que aparecia no Gente Inocente tocando cavaquinho nas costas, de cabeça para baixo e pulando corda. Eu acho todos realmente irritantes. Nada contra o talento (ou talvez sim), mas sim contra a super exposição e idolatração dessa gente inocente.
Sim, eu admito que gostaria de ter um talento legal assim, mas não queria ter sido e nem quero ter um filho prodígio. Se a criança nasceu talentosa ok, mas deixe que ela escolha quando quer ou se quer mostrar o seu talento ao mundo. Evitaríamos problemas como Drew Barrymore. Essas crianças são frutos de pais frustrados que projetam nos filhos os seus desejos não realizados (ai, meu clichê do post foi alcançado!! Uhul!!). Sem contar que a maioria dessas crianças cresce e cai no ostracismo ou então ficam eternamente com o rótulo de crianças prodígio.
Esse post, por causa da polêmica (eu já disse que adoro um assunto bem comum) da criancinha chinesa que é boa cantora, mas gordinha e do dente torto, que foi substituida, mas não sua voz, por uma chinesinha com cara de criança prodígio oriental. Isso tudo porque todo mundo adora uma criancinha fofa, talentosa, simpática, linda, que sabe falar de forma bem articulada, tipo um mini adulto. Adultos são tão chatos, crianças prodígio mais ainda.
Acho que grande parte do meu destino ordinário se deve ao fato de eu não ter sido uma dessas criancinhas talentosas e memoráveis. Talvez toda essa revolta seja mesmo por inveja e recalque de uma criança com talentos pouco valorizados pela grande mídia. É tudo culpa da Indústria Cultural. Adorno safado, me transformou numa pseudo revolt que coloca a culpa de todas as mazelas do mundo na nossa querida Industria Cultural.
Repetição de palavra nesse post? Imagina.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Já dizia Vinicius...


Em primeiro lugar, sorry pela imagem pequena (mas se clicar nela, ela fica no tamanho original) foi o máximo que consegui. Mas as legendas são basicamente as mesmas:
Não seria bom um mundo onde a beleza não fosse valorizada?
E do último:
Não, não seria. - Com a fotod e mulheres jovens lindas, com peles perfeitas, maquiagens meticulosamente produzidas, com lindos olhos, cabelos, boca, com vida sexual perfeita, um namorado perfeito...
Em segundo lugar, quero falar que eu não sou uma pessoa engajada com praticamente nada e que esse tipo de post não deve voltar a acontecer nesse blog. Pois não sou politicamente correta e nem pretendo fazer post sérios com tom panfletário e contestador.
Mas enfim, vamos ao post. Acredito que alguém já deva ter visto essa propaganda e nem sei se fui a única que me "revoltei" com ela. Eu pensava que geral ia falar dessa propaganda e do que eu considero o absurdo da imagem que ela passa. Tudo bem que o Boticário é uma empresa de cosméticos e tem que valorizar a beleza, mas precisa ser desse jeito? Olha só a propaganda Dove pela real beleza, não que eu acredite nela e nem to fazendo propaganda positiva da Dove, até porque não gosto dos produtos dela.
Essa propaganda do Boticário é para deprimir qualquer pessoa que não tenha uma pele alva, olhos claros, dentes pereitamente brancos e cabelos sedosos. Tudo isso ao mesmo tempo. Tudo bem que eu sei que o mundo é assim mesmo, só os lindos são realmente valorizados.
Só que antigamente as coisas eram mais suaves, e até mesmo mais relativas. Já dizia o mestre Vinicius: "As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". A frase além de ser leve e até mesmo engraçada, não vinha acompanhada de uma foto onde se estebelece claramente o que é beleza. Até mesmo uma feia pode gostar da frase de Vinicius, pois ela pode se sentir bonita e lisongeada com a frase, nela a beleza é relativa. Ai, como eram melhores os velhos tempos.
Ó céus, não! Virei pseudo!



terça-feira, 5 de agosto de 2008

Como cair no sono em poucos instantes


Se tem uma coisa que me irrita é acordar de noite com vontade de ir fazer xixi. Mas não é uma simples vontade, é aquela coisa "minha bexiga explode se eu me mexer". Não adianta fingir que não quer, eu sempre tento e só adio ainda mais o inevitável fato de eu ter que me levantar. Pior é que isso geralmente acontece quando faltam tipo uns 40 minutos para eu ter que me levantar. É aquilo, é tempo bastante para se descançar, mas uma vez acordada, a pressão de saber que o despertador vai tocar dali a não tanto tempo me faz ficar tensa e não conseguir dormir de novo.
Ok, me conformo com o fato de ter que me levantar e encaminho meu corpo em estado de semi-coma para o banheiro. Não acendo a luz na tentativa de não me despertar ainda mais. Faço o que preciso fazer, me sinto aliviada, vou pegar o papel higiênico... ele acabou. Se tem outra coisa que me irrita é quando o papel acaba na minha vez. Mas o pior não é isso, é que vou ter que acender a luz para poder achar o papel no armário, ele nunca fica no mesmo lugar. Ok, já estou p da vida o suficiente para não conseguir dormir de novo.
Alguns litros depois, papel no lugar, eu na cama, travesseiro confortavel e... cadê o sono? Deve ter descido com a descarga. Mas tenho uma missão: voltar a dormir, afinal 4 horas da manhã não é horário de ninguém acordar nas férias, no máximo é horário de ir dormir.
Técnicas que possuo, por ordem de uso:
- Fechar os olhor e me forçar a pensar num céu azul e marulho... muito pouco eficaz.
- Ligar a TV, sonífero mundialmente conhecido... eventualmente eficaz. Eu já liguei a tv em horários escusos e estava passando Dr House, quem dorme assistindo Dr House? Nem eu.
- Ler, qualquer coisa. Sempre dá sono ler na luz fraca do abajour e deitada... bastante eficaz, mas dessa vez não funcionou, o livro era bem interessante. Não tinha Foucault, nem Umberto Eco, nem Deleuze... tô de férias e não sou intelectualóide que lê isso nas férias.
Tá, eu tava mesmo fadada a acordar as quatro da manhã. Então decidi assistir a um filme que tinha baixado e já tinha tentado assistir. "Onde os fracos não tem vez", pô o filme ganhou oscar, devia ser bom. Mas nãããããão, o filme é sonolento até o último fotograma. Sério, nem sei se o filme é ruim, não cheguei nem na metade.
Conclusões: achei um ótimo sonífero e defitivamente não sou intelectual, esse filme pseudo-intelecual não dá!
Mais uma última conclusão: meu fluxo de pensamento tá demais hoje. Do xixi ao oscar 2008.