quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Irritantemente feliz e brega!


Muitas pessoas confundem grosseria com falta de educação. Mas as duas coisas são bem diferentes.

Eu, por exemplo, sou uma pessoa grossa. Mas não porque sou uma pessoa mal educada, minha mãe me deu sim uma boa educação, mas eu sou grossa porque sou assim mesmo, é de nascença. Tipo não sou uma Fiona, mas também não sou uma Cinderela. Acho que grande parte da minha grosseria é por causa da minha falta de paciência, eu tipo não tenho muito saco para perguntas idiotas, daquelas desnecessárias, ai mermão, sou grossa mermo, admito! Porém, em muitos outros casos a minha sinceridade e falta de papas na língua é vista como falta de educação, mas não. Esse é o meu jeito. Sou assim mesmo, eu faço antes de pensar em 90% dos casos e como eu gosto muito de falar, sou tida como grossa em muitos casos. Quem me conhece bem, no entanto, me aceita do jeito que eu sou e até mesmo gosta de mim. Meu muito obrigada a essas pessoas. Mas calma, eu não tenho só defeitos não, tenho sim a minha cota de qualidade positivas e que prezo bastante.

Só que eu ser grossa não quer dizer que eu seja mal educada. Eu sou aliás até bastante educada. Faço questão de ser simpática com todo mundo que merece e até mesmo com aqueles que não merecem, nesses casos acho que a minha simpatia se confunde com pirraça. Vou explicar, um dos motivos de eu fazer esse post de hoje, foi porque eu não dei "bom dia" para um vizinho chato e me senti muito mal, tipo no nível dele, um ser nariz empinado e prepotente. O que mais me fez parar para pensar, entretanto, foi que o ser deve ter cagado solemente (com direito a bom ar da propaganda do Pedrinho) para o fato de eu não ter dado "bom dia" para ele, aliás, deve ter achado ótimo não ter que me responder. Mas eu me senti mal de não ter sido simpática. Até porque penso que grande parte da minha característica alegria se dá pelo fato de eu absorver a simpatia alheia quando doo a minha simpatia. Bonito isso, não?

Mas sério, eu me considero uma pessoa bastante feliz. Eu tenho meus momentos que penso que tudo poderia ser melhor e mais legal na minha vida (vide post anterior). Mas ai paro para pensar em como gosto de rir muito de coisas bem idiotas (isso acontece com uma frequencia grande, sou riso frouxo e sabe que adoro isso?), dormir na sala do CA entre a aula da manhã e a da tarde, comer bananada que a mamãe pos na minha mochila ou até mesmo reassistir a um filme,descobrir que na verdade ele é maravilhoso e eu não tinha notado isso antes (revi no curso de frânces O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, que me marcou de qualquer forma da primeira vez que o vi, já que o parodiei no título do meu blog), isso pode não ser tudo, mas me fazem bem feliz. Uma vez um amigo me descrevou como intensa e eu na época não devo ter dado a devida importância a isso, mas agora percebo que eu devia passar para ele uma boa idéia de mim. Hoje vejo que gosto sim de extravasar a minha intensidade por ai. Ainda mais depois de ouvir do meu namorado que ele ama o meu jeito sem papas na lingua de ser e a minha espontaneidade, de uma forma mais sincera possível. Afinal, essa é uma característica que divido com ele: sinceridade.



Não sei muito o que quis com esse post. Mas é que tô passando por um momento diferente da minha vida. Uso diferente por falta de adjetivo melhor. Ma vie tá divida por momentos de extremo cansaço e outros de extrema disposição, de ótimas notícias e outras nem tanto, de possibilidades e de uma possível estagnação (mas que nem me incomoda tanto). Só sei que escolhi ser feliz e que vou continuar dando bom dia para o vizinho chato, mesmo que minha lerdeza matinal me impeça de falar mais que isso, meu mau-humor matituno acaba depois do banho, ai, filhin, o resto do dia é de um bom humor de dar dó. Apesar de nem sempre parecer, mas juro que é dificil me tirar do sério, por mais estressada que eu pareça e que seja sem paciência, estranhamente é muito dificil me tirar do sério. "Dou um boi para não entrar num briga, mas dou uma boiada para não sair dela".



Prometo que não vou fazer disso aqui um diário, até porque já passei da idade e acho minha vida ordinária demais para ser tema de blog. Só volto a falar dela se for abduzida por ets ou virar uma jogadora de futebol ou uma pianista exímia ou uma fotogra de renome (essa eu tô buscando de verdade), mas é que hoje acordei feliz demais e olha que levantei as 6 da manhã e ninguém acorda feliz de graça nesse horário. Não me abandonem, meus mil leitores!

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